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O que seres
humanos e bactérias têm em comum?
O termo
suicídio ecológico é usado por
especialistas para designar o
descompasso entre os recursos naturais
disponíveis e o seu consumo, que leva à
extinção de uma determinada espécie. Um
exemplo bastante didático é o de uma
população de cabritos em uma ilha
semidesértica: depois de devorarem toda
a vegetação da ilha, eles acabam
morrendo de fome.
Isso aconteceu
em algumas pequenas ilhas do Pacífico e
não é muito diferente do que o ser
humano tem feito com o planeta Terra. Ao
poluir o ar ou jogar substâncias tóxicas
na água, a humanidade está se matando
aos poucos, assim como algumas bactérias
criadas em laboratório cujas secreções
ácidas acabam por inviabilizar sua
própria vida.
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Além da
carência de comida ou do esgotamento de
recursos naturais que causam a extinção
da espécie, o suicídio ecológico também
pode se dar por razões como a falta de
colaboração entre espécies ou
populações. Esse foi o caso dos nórdicos
que viviam na Groenlândia e se recusaram
a interagir e aprender com os Inuit,
esquimós com os quais dividiram a ilha
entre 984 d.C., quando ali chegaram, e
meados do século XV, quando sua
sociedade entrou em colapso e
desapareceu.
Já na Ilha de
Páscoa, dentre vários fatores
ambientais, muitos dos quais ainda não
são bem entendidos, o desmatamento
parece ter sido a principal razão para o
suicídio ecológico da população ali
presente. O biogeógrafo Jared Diamond,
da Universidade da Califórnia e autor do
livro Armas, Germes e Aço, conta que
seus alunos lhe perguntam como os
habitantes da Ilha de Páscoa não
perceberam o que estava acontecendo, o
que disseram quando estavam derrubando a
última palmeira.
A reflexão vale
também para as ações humanas da
atualidade, reflete o professor em uma
palestra no TED Talks: se tais ações
parecem inacreditáveis no passado, ele
diz, "no futuro parecerá inacreditável o
que nós estamos fazendo hoje",
referendo-se ao aumento da poluição
atmosférica, às mudanças climáticas e a
escolhas de curto prazo motivadas por
interesses meramente econômicos de
grupos de elite minoritários.
O fenômeno do
suicídio ecológico não é novo, mas ainda
é pouco estudado. Há um novo estudo
desenvolvido pelo MIT (Instituto de
Tecnologia de Massachusetts) sobre as
bactérias do gênero Paenibacillus sp.,
que quando alimentadas com açúcar e
nutrientes em abundância (no
laboratório) comem descontroladamente e
começam a se reproduzir em uma
velocidade absurda. O problema é que a
digestão de todos esses carboidratos tem
efeitos colaterais.
Um resquício
ácido das reações químicas que ocorrem
no interior das bactérias logo começa a
se acumular - é como se elas nadassem em
suas próprias fezes, já que são culturas
isoladas em laboratório. O pH ácido
torna o ambiente inóspito para as
próprias bactérias e, em menos de 24
horas, todos os micro-organismos estão
mortos.
A única forma
encontrada pelos cientistas de evitar
esse suicídio ecológico foi aplicar um
composto que absorve o ácido (um
tampão). Uma pequena parte de tampão
mantém as bactérias vivas por 48 horas,
ao passo que a quantidade necessária
para evitar completamente a acidificação
do meio permite que as bactérias
continuem vivas, caso em que param de
crescer quando acaba o alimento, mas não
morrem. Em outros testes, foi constatado
que, com menos oferta de alimento, as
bactérias entram em hibernação quando
acaba a comida, mas continuam vivas, já
que não chegam a produzir ácido
suficiente para o seu suicídio.
Parece
contraditório, mas os resultados da
pesquisa apontam que piorando as
condições de vida das bactérias é
possível salvá-las do suicídio
ecológico. O estudo, publicado na
Revista Nature, indica ainda que o
fenômeno do suicídio ecológico não é
raro mesmo em bactérias que vivem no
solo. Os pesquisadores descobriram que
ele ocorre em 25% das 118 espécies
analisadas.
Embora seres
humanos e bactérias sejam grupos muito
diferentes, a pergunta que fica é: será
que, como as bactérias, estamos
consumindo os recursos naturais
disponíveis muito rápido e deixando um
rastro de destruição que pode acabar
destruindo as condições mínimas das
quais precisamos para sobreviver?
Restringir algumas das "vantagens" do
mundo moderno, como embalagens e
produtos dos mais variados tipos de
plástico (que acabam nos mares),
veículos movidos por combustíveis
fósseis e até mesmo os alimentos
ultraprocessados que comemos, pode ser
uma boa ideia para manter o nosso
ecossistema limpo.
Referencias: O
Estado de S. Paulo, The New York e TED
Talks |
Não
solte fogos,
eles causam câncer e atacam o
sistema neurológico e psicológico
das crianças, matam, maltratam e
adoece animais e humanos.
Não frequente zoológico, não compre
animais adote (1), você consumidor é
o culpado pela sua extinção, sem
animais e sem florestas não há como
sobreviver, só restará deserto... |
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Não estamos sozinhos,
é vital dividimos espaço com outras criaturas ou
seremos também eliminados do planeta. Proteger
as árvores, os animais, rios e mares são dever
cívico do cidadão. Todos serão
responsabilizados, pelo mal que estamos fazendo
a natureza. |
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