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Os Estados Unidos da América são
governados por americano ou russo?
O ex-assessor de
segurança Michael Flynn e outros conselheiros da
campanha do presidente Donald Trump teriam
entrado em contato com responsáveis próximos do
governo russo pelo menos 18 vezes entre abril e
novembro de 2016. A informação foi revelada por
quatro membros da Casa Branca próximos da
investigação que dificulta a situação política
do chefe de Estado americano.
As conversas entre
Flynn, que pediu demissão em fevereiro, e o
embaixador russo em Washington, Sergueï Kislyak,
ocorreram principalmente por telefone. Os
documentos trazem a análise de 12 ligações
telefônicas, cartas ou SMS trocados entre a
equipe de Trump e responsáveis russos. Os nomes
ligados ao presidente russo, Vladimir Putin,
foram omitidos nos relatórios dos serviços
secretos, por razões jurídicas.
Os contatos entre os
dois se tornaram mais frequentes depois da
vitória de Trump, em 8 de novembro. Segundo as
duas fontes governamentais, Flynn e Kislyak
buscavam estabelecer um canal de comunicação
secreto entre o presidente americano e Putin.
Isso porque a
administração da Segurança Nacional americana
era contrária a uma aproximação entre os EUA e a
Rússia. Inicialmente, a Casa Branca desmentiu a
existência de conversas com os responsáveis
russos durante a campanha de 2016. Mas acabou
voltando atrás e confirmando quatro encontros
ocorridos entre o embaixador e os conselheiros
de Trump durante a campanha.
Análise não detectou
infração
A análise do conteúdo
dessas discussões não permitiu, por enquanto,
estabelecer a infração que teria sido cometida
pelo presidente. Um relatório do serviço de
Inteligência americano divulgado em janeiro
concluiu que a Rússia tentou influenciar as
eleições americanas e favorecer Donald Trump, em
detrimento da candidata democrata, Hillary
Clinton, contrária a uma relação mais estreita
com os russos.
Membros da comissão da
Câmara de Representantes e do Senado foram até a
sede da CIA e da NSA, a agência de informação
americana, para consultar as transcrições e
outros documentos sobre os contatos. O
Departamento de Justiça americano anunciou nesta
quarta-feira (17) a nomeação do ex-diretor do
FBI, Robert Mueller, como procurador especial
para investigar uma eventual associação entre
Moscou e a campanha de Trump.
(conteudo de RFI) |
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